terça-feira, 11 de julho de 2017

SEMINÁRIO " OS MOTORES DO DESENVOLVIMENTO DO RN " TRATOU SOBRE A INSEGURANÇA DO ESTADO

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Sem segurança pública não haverá desenvolvimento e cidadania no país. A afirmação foi do secretário de Segurança de Goiás, Ricardo Brisolla Balestreri, durante palestra no seminário “Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte”, no auditório da Casa da Indústria. O seminário reuniu autoridades do setor, empresários, integrantes do Ministério Público, professores universitários e parlamentares, que acompanharam a discussão sobre o tema.
 
O seminário teve a participação do presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo, da reitora da UFRN, Ângela Paiva; do presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz; do presidente da Fetronor, Eudo Laranjeiras; do procurador-geral de Justiça, Eudo Rodrigues Leite; dos senadores Garibaldi Filho e Fátima Bezerra; dos deputados Hermano Morais, Márcia Maia e Fernando Mineiro; da vereadora Eleika Bezerra; do superintendente do Banco do Brasil, Ronaldo Oliveira; do presidente da Cosern, Luiz Antonio Ciarlini; da secretaria de Defesa Social, Sheila Freitas; e do comandante da Polícia Militar, André Luiz Bezerra.
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Balestreri, além de destacar a relação entre a crise da segurança e os obstáculos ao desenvolvimento, apresentou informações que apontam as deficiências do Poder Público no combate à criminalidade. Ele afirmou que há 60 mil homicídios por ano no país e em apenas 3% dos casos são identificados os responsáveis. E também informou que dos crimes contra o patrimônio, como furtos e assaltos, somente 0,5% são investigados. “Ou seja: 97% das pessoas que cometem homicídios não são punidas e, de cada 200 furtos ou roubos, somente um será investigado, podendo ser solucionado ou não. Esses dados mostram como está a situação do país na área de Segurança Pública”, disse.
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Para o especialista, as dificuldades na Segurança têm relação com os investimentos reduzidos que são destinados ao setor. Alguns levantamentos, lembrou, indicam haver recursos expressivos para a área de defesa social, mas incluem, segundo Balestreri, os gastos com salários, o que ele considera um equivoco. “Investir em Segurança não é aumentar salário. Isso é custeio. Tem que se investir em condições de trabalho e tecnologia para que se tenha ações capazes de frear a criminalidade. Se temos um prejuízo de R$ 100 bilhões por ano devido à insegurança, sem falar nas vidas perdidas, será que não vale a pena investir mais em segurança? Vamos refletir”, disse.
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Ele alertou também que a atual concepção das ações de segurança no país é inadequada, porque se baseiam na ideia de contenção da população pobre e não em planejamento preventivo e ampliação dos serviços públicos.
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Balestreri ainda afirmou que é equivocado relacionar “escolaridade” com formação e isso tem implicações para a segurança. Para ele, a formação pode ajudar na redução da criminalidade, mas a escolaridade não implica nesta melhoria, se for mera ampliação de acesso ao ensino formal, sem formação de cidadania para os jovens.
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“É um escândalo e nem assim há um mobilização para enfrentar estes problemas”

Coube ao professor e pesquisador José Luiz Rattoon, que foi assessor especial de Eduardo Campos no governo de Pernambuco, apresentar dados sobre a violência no país e no Rio Grande do Norte. Ele disse que dos 600 mil homicídios registrados no mundo, 10% são cometidos no Brasil e 0,35% no RN. Ou seja, de 300 mortes violentas, uma é no território potiguar. “É um escândalo e nem assim há um mobilização para enfrentar estes problemas, como houve no combate à inflação nos anos 90”, comentou.
Ratton também criticou a ausência de uma estratégica que adote iniciativas inovadoras para o enfrentamento da violência. Ele ressaltou que hoje as iniciativas estão focadas meramente na repressão e, assim, não são eficazes para ampliar a capacidade do Estado enfrentar a criminalidade.
O seminário ainda teve palestras do professor de Departamento de Ciência Social da UFRN, Edmilson Lopes Júnior, que tratou da insegurança no Rio Grande do Norte; do professor do Instituto Metrópole Digital, Frederico Araújo da Silva, que abordou as ferramentas de apoio às atividades de segurança; e da promotora de Justiça Luciana Andrade D’Assunção, que falou sobre a “transversalidade da política e a segurança”.
ENTENDA O QUE É " OS MOTORES DO DESENVOLVIMENTO DO RN "
O Projeto “Os Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte” foi criado para apresentar uma série especial de suplementos e seminários que pretende liderar um processo de discussão sobre os motores do desenvolvimento da economia do RN, levando à sociedade informação de qualidade sobre o presente e o futuro.
O público participante do Programa é  formado por empresários, lideranças  políticas e pesquisadores, que costumam lotar o auditório da  FIERN – ou outras localidades onde o evento acontece – para acompanhar palestras e debates sobre nossa economia.
Os seminários realizados sempre contaram com nomes de referência na economia nacional e local, além de autoridades nacionais, estaduais e municipais.
O “Motores do Desenvolvimento” é um projeto realizado em parceria entre o jornal Tribuna do Norte e Sistema FIERN, desenvolvido em parceria com a Fecomércio, UFRN, RG Salamanca Investments e com o apoio do Governo do Estado.
 
Fonte : ROTA TURISMO RN

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