quinta-feira, 27 de julho de 2017

ESCALADA EM PATU , É COM A YASMIM TURISMO



 
 Foto : Escalada no Pico do Pelado - Patu - RN

Escalada

A escalada é um esporte que utiliza técnicas e movimentos específicos com o objetivo de subir uma montanha ou um muro artificial. Ela pode ser realizada em diferentes ambientes: em rocha (montanhas), em blocos (pedras pequenas chamadas de boulder), em neve (alpinismo ou andinismo), em gelo e também em clubes ou locais fechados (chamado de escalada indoor). Antes de tudo, a escalada é uma atividade que junta coordenação motora para aprender e realizar os movimentos específicos (técnica), controle mental (gerenciar o medo), força e flexibilidade. Estas características fazem com que o esporte seja uma ótima atividade para ajudar a dissipar o estresse do dia-a-dia.
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 Foto : Pico do Pelado - Patu - RN

Dentro de cada diferente ambiente para a sua prática, ainda existem várias modalidades de escalada: em muro artificial temos a escalada indoor; no ambiente natural a escalada de bloco (ou boulder), esportiva (difíceis e com menos de 60 metros), tradicional (mais de 60 metros, fáceis, moderadas ou difíceis),bigwall (necessário pernoitar na parede em macas suspensas), alpina (neve e gelo com pouca necessidade de aclimatação à altitude) e de alta montanha (expedições com duração de semanas onde é necessário a aclimatação gradual a altitude). Cada uma conta com técnicas e equipamentos específicos para produzir os sistemas de segurança que vão evitar (ou minimizar) acidentes e fatalidades. De maneira geral, a escalada usa apenas mãos e pés para poder progredir na parede, e por isso são chamadas “em livre”. Já na escalada “em artificial” (com técnicas mais utilizadas em bigwalls), o escalador recorre aos equipamentos também para ascensão, tais como estribo (escadinhas) e os pontos proteção, entre muitos outros.
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Foto : Serra do Lima - Patu - RN
Proteção
Como a maioria das atividades de aventura, a escalada (especialmente ao ar livre) é um esporte de risco e por isso deve ser praticado com acompanhamento de guias e seguindo as regras de segurança ensinadas pelas organizações esportivas e instrutores credenciados por elas. O mais recomendável é a realização de um curso básico de escalada certificado pelas federações existentes, embora poucos estados contem com esse tipo de organização. Na dúvida, consulte a confederação (CBME – entidade nacional do esporte). Dentre todos os aspectos, os principais são o uso de materiais adequados ao esporte (sem improvisos) e seu correto manuseio, uma vez que um ótimo equipamento para uma finalidade pode simplesmente não suportar um uso incorreto, contra-indicado pelo seu manual, e se romper.
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 Foto : Cristina ( YASMIM TUR ), Denn Malloy e Resinaldo Ernsto em Serra do Lima - Patu - RN
 
As formas de proteção também diferenciam os tipos de escalada: fixas ou móveis. Nas fixas, o primeiro escalador a subir (conquistador) coloca peças não retiráveis para a realização da segurança (grampos e chapeletas). Já nas chamadas “vias em móvel”, existem fendas e rachaduras em que são colocadas, por cada guia, as peças de proteção retráteis ou de encaixe, como os friends, camalots, nuts, entre outros.
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 Foto : Felipe Fernandes - Patu - RN

Na maioria dos casos, a escalada é feita com pelo menos duas pessoas, que atuam com papéis distintos em uma equipe chamada de cordada: o primeiro da cordada é o guia, com mais experiência e maior habilidade e desenvoltura com as técnicas, além de muitas vezes já conhecer a rota escolhida (chamada de via).
 
Quando todos os escaladores são experientes, podem se revezar na função de guia, durante uma escalada.
A comunicação entre os participantes e a confiança mútua são fundamentais pois enquanto um escala, o outro garante a sustentação da corda para o caso de queda. Apesar de menos comum, a escalada também pode ser praticada individualmente, e existem técnicas e materiais específicos para isso.
Graduação em escalada
A escalada tem graduações que definem seu nível de dificuldade. No Brasil utiliza-se um tipo de graduação mista, numa combinação de números, letras e algarismos arábicos e romanos. Por exemplo, uma via graduada em 6º VIIc A2 E3 D3 quer dizer que 6º é o grau geral da via; VIIc é o grau do lance mais difícil; 
 
A2 é o grau do lance em artificial (quando há); E3 é o grau de exposição da via (risco de se machucar em caso de queda); e D3 é a duração estimada da via (4 a 6 horas). A graduação brasileira se aproxima mais da graduação francesa, mas isso pode variar de país para país. Se quiser mais detalhes sobre o assunto, clique aqui e conheça o Sistema Brasileiro de Graduação em Vias de Escalada, no texto produzido pela Federação dos Esportes de Montanha do Rio de Janeiro (Femerj). Na verdade, o grau da via é algo subjetivo, de maneira que apenas praticando é possível compreender o que isto realmente representa.
Escalada Indoor
A escalada indoor tem sido muito utilizada como recurso de treinamento, especialmente em locais onde não há montanhas muito próximas, mas também conta com adeptos que o praticam como um esporte em si. A escalada indoor ainda não é um esporte olímpico, mas seus campeonatos ocorrem em todo o mundo. Em 1985 foi realizado na Itália o primeiro campeonato mundial, ainda em uma parede natural, e desde 1990 acontece a copa do mundo de Escalada Esportiva (já indoor) em vários países. No Brasil o esporte começou a ser praticado no final da década de 80. O grande divisor de águas no país foi a realização, em 1989, do I Campeonato Sul Americano de escalada Esportiva, em Curitiba. A partir daí novos atletas e patrocinadores passaram a apoiar e a praticar o esporte. Atualmente o grau mais difícil já escalado por um brasileiro é o 11a (cada grau cheio é subdividido em a, b e c). No mundo, o seu equivalente mais difícil está em torno do 12b.
Vale frisar novamente que a escalada, em suas várias modalidades, é um esporte de risco e o desconhecimento de todos os elementos envolvidos a transforma em uma atividade realmente perigosa, que pode resultar em acidente incapacitante e até a morte do praticante. Este artigo é básico e nunca substituirá a instrução de um guia experiente e bem formado. Aquele que resolve escalar deve ser responsável por esta decisão e agir com responsabilidade, procurando formação especializada e equipamentos adequados.
Principais equipamentos da escalada
Os equipamentos usados em uma escalada variam conforme a modalidade da escalada, o grau de dificuldade, a distância da via, a duração da atividade e as próprias especificidades do local. Por exemplo, aqueles que praticam escalada em bloco geralmente não precisam usar corda. Entretanto, usam os chamados crashpads, uma espécie de colchão que é colocado embaixo do bloco para minimizar os efeitos de uma possível queda do escalador.
Apenas para exemplificar, listaremos aqui os materiais mais básicos usados em uma escalada em rocha:
Corda – Tem a função de garantir a segurança dos participantes em caso de quedas. São cordas apropriadas para o esporte, fabricadas com fibras sintéticas, polímeros do nylon (perlon), devido à alta resistência e elasticidade, amortecendo o impacto.
Cadeirinha – Também chamada de baudrier, é de fato uma “cadeira” de fitas de nylon que distribui a tensão causada pelo peso do corpo na cintura (região lombar da coluna) e virilha (região próxima da coxa). É por meio dela que o escalador se prende à corda, e onde também se pendura os mosquetões e freio.
Sapatilha – Calçado apropriado que tem o formato ideal para propiciar maior equilíbrio e aderência à rocha. A utilização de sapatilha é fundamental neste esporte.
Mosquetões – São elos de duralumínio ou aço, com fecho de mola, usado no encaixe de outros equipamentos (cordas, alças de fitas, baudrier, entre outros). É uma peça fundamental para os sistemas de segurança, descidas e ancoragens.
Freio – É o equipamento usado tanto para dar segurança, como para fazer a descida pela corda, o rappel. Existem vários tipos, sendo que um dos mais conhecidos é o oito.
Capacete – Item de segurança comum na maioria dos esportes de aventura, o capacete tem a função de proteger a cabeça do escalador de objetos que porventura caiam ou de um choque em casos de queda. Os capacetes de escalada são leves e ajustáveis à cabeça.
Magnésio – Pó usado para retirar o suor da mão, aumentando assim o atrito com a parede. Há um recipiente próprio para colocá-lo durante a escalada: o saco de magnésio.
Fita solteira – Fita mais comprida usada para prender o escalador ao grampo ou ancoragem no momento em que não está escalando.
Onde praticar
 A imagem pode conter: céu, natureza e atividades ao ar livre
Atualmente é possível praticar a escalada em quase qualquer cidade do Brasil, sejam nas montanhas da região ou em muros artificiais em academias ou clubes construídos especificamente para isso. Há praticantes, inclusive, que constroem muros de escalada dentro de sua própria casa.
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