O
comandante máximo do Exército brasileiro, general Eduardo Villas Bôas,
afirmou, de modo contundente, sobre a atual situação considerada
extremamente "crítica" no país, em se tratando de problemas estruturais
enfrentados pelo país, principalmente, em relação às fronteiras.
O general se manifestou sobre situação do orçamento
das Forças Armadas e se pronunciou sobre a real possibilidade de cortes
relativos a repasses de recursos públicos para área militar. Com a
falta de recursos, houve a incidência de um corte orçamentário na ordem
de 44,5%, do que seria destinado às Forças Armadas, durante os últimos
cinco anos, a partir do período que compreende o ano de 2012.
As
estimativas dão conta de que os recursos discricionários chegaram a ter
uma queda abrupta de cerca de R$ 17,5 bilhões, para aproximadamente, R$
9,7 bilhões. Entretanto, não estariam sendo contabilizados gastos
inerentes à alimentação, salários e também saúde dos militares,
considerados como gastos obrigatórios.
Fronteiras desguarnecidas
O
general Eduardo Villas Bôas foi enfático ao afirmar que com os cortes
orçamentários, a situação das forças miliares do país, é "crítica" e que
a segurança nas fronteiras brasileiras, estaria se tornando cada vez
mais comprometida. Um outro risco que paira sobre os recursos que devam
ser repassados à área militar, é que os valores destinados para 2017, só
conseguirão cobrir até este mês de setembro. O general Eduardo Villas Bôas
disse que "as operações nas fronteiras já estariam sendo reduzidas
drasticamente, pois, se caso vier a ocorrer a falta combustível, além de
outros insumos considerados de grande necessidade do contingente, se
tornaria algo impossível no mesmo ritmo, conforme ocorrera
anteriormente".
O
comandante do Exército brasileiro foi ainda mais longe, ao afirmar que
"algumas áreas militares poderiam, até mesmo, entrar em uma espécie de
colapso, se não ocorrer a liberação de alguma parcela do valor que foi
contingenciado, o que viria a causar alguns problemas, na realidade". Ao
participar nesta segunda-feira de uma cerimônia realizada com o intuito
de se implementar a apresentação de novos generais da Aeronáutica, da
Marinha e do Exército no Palácio do Planalto, juntamente ao presidente
da República, Michel Temer.
Estavam também presentes, os ministros da
Defesa, Raul Jungmann e o do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio
Etchegoyen.
O
general Eduardo Villas Bôas foi questionado a respeito do
posicionamento do presidente da República perante a toda essa situação
considerada "grave" pela falta de recursos, o general disse que Temer
estaria "premido por circunstâncias muito difíceis" e somente aos
militares caberia informar as demandas e suas possíveis consequências,
se não forem atendidas".
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