POR JAIR DOS SANTOS CORTECERTU
Em 4 de setembro de 1967, Carlos Lacerda, ex-governador da Guanabara,
Juscelino Kubitschek, ex-presidente e senador cassado em junho de 1964,
e João Goulart, ex-presidente cassado após o golpe militar que o tirou
do poder, uniram-se para constituir a Frente Ampla, principal movimento
de oposição ao governo de Arthur da Costa e Silva.
A história da Frente Ampla começou no início de 1996, mas só em 27 de
outubro, por meio de um manifesto publicado na “Tribuna da Imprensa” e
assinado apenas por Carlos Lacerda, foi oficializada. Mesmo sem as
assinaturas de Goulart e Kubitschek, o manifesto confirmava as negociações entre os políticos e Lacerda, além da participação de correligionários.
“Ao povo me dirijo para dar satisfação do que procurei fazer.
Procurando por vários representantes das correntes democráticas,
concordei num entendimento que, acima das pessoas e suas divergências,
pudesse definir rumos para o Brasil. Por motivos que não me compete
analisar, aos quais não está alheia a coação exercida pelo governo, quem
usa os instrumentos do poder para dividir, com ameaças de punição e
represálias, vejo-me na contingência de divulgar sozinho este manifesto a
favor da união do povo”, registra declaração distribuída aos 50
repórteres nacionais e internacionais no dia do manifesto.
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