Haddad diz que 'kit gay' será distribuído a escolas que já registraram caso de homofobia (Marcello Casal Jr/ABr/VEJA/VEJA)
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27 maio 2011, 14h53
O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira em
São Paulo que o controverso kit anti-homofobia será reformulado e
enviado a professores da rede pública de ensino até o fim deste ano. O
anúncio acontece um dia depois de a presidente Dilma Roussef criticar o conteúdo do material,
que ainda está em fase de avaliação pelo MEC. De acordo como Haddad, os
vídeos do projeto serão refeitos e distribuídos a professores do ensino
médio de escolas onde houver registro de casos de homofobia.
O ministro afirmou que ainda está em discussão se serão mantidas as
diretrizas que guiaram a formulação do material. “Essa será uma
discussão técnica, que contará com a participação de especialistas no
assunto”, disse Haddad, que esteve em São Paulo para a inauguração do
Campus de Osasco da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
De acordo com o ministro, as mudanças no chamado “kit-gay” não vão
onerar o estado, uma vez que o convênio firmado entre o MEC e as ONGs
responsáveis pelo kit previa a possibilidade de alterações. “O custo
original de 1,8 milhão de reais inclui quantas reformulações forem
necessárias.” O kit contém três vídeos e uma cartilha. Até agora, a
produção envolveu gastos com pesquisa, produção e gravação dos vídeos,
além da realização de seminários para treinamento de cerca de 200
pessoas no final de 2010.
Enem – Haddad afirmou ainda que o MEC se prepara
para iniciar, em 2011, estudos para a realização futura do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) em formato eletrônico. Para isso,
analisa locais seguros onde poderão ser instalados computadores para a
realização da prova.
Outro passo é capacitar professores universitários para a produção de
mais questões: elas serão acrescentadas ao banco de dados e utilizadas
futuramente. O procedimento é ancorado na Teoria de Reposposta ao Item
(TRI), na qual se apoia o Enem, que garante que o exame pode ser
replicado várias vezes, apresentando sempre o mesmo grau de dificuldade a
todos os candidatos.
O ministro acrescentou que o MEC ainda espera notificação judicial acerca da ação movida pelo Ministério Público Federal no Ceará sobre o Enem.
O promotor Oscar Costa Filho pede que o Inep, responsável pela
realização do exame, altere o edital da prova, permitindo a revisão de
notas.
Fonte : Revista VEJA
Matéria do dia 27 de Maio de 2011
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