Um projeto de beneficiamento de banana, desenvolvido pelo professor doutor em Física, Raimundo Pereira de Farias, vinculado ao Centro de Ciências Humanas e Agrárias (CCHA) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Câmpus de Catolé do Rocha, foi agraciado com mais um prêmio internacional. O artigo científico “Uma investigação teórica da secagem de banana, usando o modelo de difusão”
ficou entre os vencedores da 11ª Conferência Internacional Sobre
Difusão em Sólidos e Líquidos, realizada recentemente em Monique, na
Alemanha.
Durante a conferência, o professor Raimundo apresentou o painel “Secagem de Banana: Uma investigação Teórica e Experimental”.
O artigo fez parte da tese de doutorado do professor, recebendo elogios
de pesquisadores de vários países presentes no evento, como Brasil,
França, Portugal, Alemanha, China, Espanha, Rússia, Itália e Estados
Unidos. O trabalho mostra como se dá o processo de secagem da fruta.
Pela conquista, o professor recebeu um
certificado e premiação simbólica em dinheiro. Em 2013, ele foi destaque
na 9ª Conferência de Difusão de Sólidos e Líquidos, realizada em
Madrid, na Espanha, com o mesmo painel sobre a secagem da banana. No ano
passado, o professor teve dois artigos de sua autoria publicados no
livro “Transport Phenomena And Dryng of Solids and Particulate Materials” (em português, “Fenômeno de transporte e secagem de sólidos e materiais particulares”).
Publicado em inglês pela editora
Springer, o livro reúne artigos de vários pesquisadores brasileiros que
apresentaram trabalhos no Congresso Internacional sobre Difusão de
Sólidos e Líquidos, que acontece anualmente na Europa. O banner com
informações sobre o artigo encontra-se exposto no Câmpus de Catolé do
Rocha e tem chamado atenção de estudantes e pesquisadores.
Em seu projeto, o professor procurou
criar uma forma que torne o tempo da banana mais duradouro, favorecendo,
assim, as exportações. O produto é desidratado e fica no ponto de
embarcar para países distantes de forma seca, o que aumenta o seu tempo
de vida útil. Com o processo desenvolvido pelo professor da UEPB, o
produto típico do Nordeste pode passar até seis meses para ser
consumido.
“Você beneficia uma fruta como a
banana para poder ter condições de fazer comércio com qualquer país do
mundo. O benefício de secagem é que você prolonga a vida útil da fruta”,
explicou professor Raimundo, acrescentando que sua pretensão é que o
projeto se transforme em uma alternativa para impulsionar a cultura da
banana no Sertão, favorecendo a economia da região.
O pesquisador ressaltou que, além de
seca, a banana precisa ser bem embalada, visto que ela começa a adquirir
umidade com o tempo. Segundo o professor Raimundo, a banana é uma fruta
de elevado valor nutricional. É boa fonte energética, possuindo alto
teor de carboidrato-amido e açúcares. Contêm ainda teores consideráveis
de vitaminas.
Sob o ponto de vista tecnológico e
comercial, devido à grande variedade de vitaminas e nutrientes, o
aproveitamento para consumo in natura e industrial tem sido elevado. O
processamento de bananas para obtenção de produtos elaborados tem sido
direcionado para farinha, cremes, flocos, passas, purês, néctares,
geleias, bananadas, balas, vinagres, vinhos, licores, sucos, bolos,
tortas, rapadura, entre outros produtos.
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