Está inaugurado o festival de bobagens. Abrindo as comemorações vem o
governo Michel Temer, no qual se incluem deputados e senadores em
maioria, ministros, assessores, dirigentes dos partidos da base oficial
e quem mais se queira incluir no mundo oficial. Não se relacione,
porém, nesse bando de patetas, um único eleitor dos que vão se definir
em outubro.
Traduzindo: não há como acreditar que para sair vitoriosos das eleições
municipais, os detentores do poder deverão adiar para depois da votação
a tentativa de o Congresso aprovar o pacote de maldades engendrado nos
porões do palácio do Planalto. Sustentam que devem ficar para mais tarde
as reformas da Previdência Social, trabalhistas, PEC do teto,
renegociação da dívida dos estados, mudança nas regras do pré-sal,
limitação da indicação de diretores de estatais e de fundos de pensão,
privatizações em massa, redução do número de partidos e sucedâneos –
essas e outras capazes de despertar indignação na opinião pública.
Não que imaginem abrir mão dessas maldades, mas, simplesmente, querem
protelá-las para que o eleitorado não se vingue votando em seus
adversários. Depois da eleição, entendem, tudo será permitido em termos
de impopularidade. Serão tão bobos para imaginar que o cidadão comum
deixe de perceber a manobra? Estaria a sociedade iludida a ponto de
imaginar-se cega, surda e muda?
Que o governo prepara violências, está à vista de todos. Ainda por
cima, tentam enganar-nos ocultando suas verdadeiras intenções. Podem
preparar-se para o maior dos sustos com o resultado das urnas. Ficará
claro que o povo não é bobo. Até porque, espalham a receita do que
pretendem: enviar a conta da suposta recuperação econômica para os
mesmos de sempre, a população menos favorecida e mais sacrificada. Não
perdem por esperar, venha o eleitorado a votar nos seus contrários ou,
melhor solução ainda, a não votar…
Fonte : blog do Xerife
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