domingo, 13 de setembro de 2015

Dr : EPITÁCIO ANDRADE E O PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE BELÉM DE BREJO DO CRUZ

 
Dr: Epitácio Andrade mostrando o SOBRADO
 
Fazenda Dois Riachos
 
Igreja de Santa Tereza
“Amigo Epitácio, esse curto texto, original, tem uma lógica que une a importante necessidade de resgate e preservação histórica e cultural com a construção da memória coletiva, primordial a uma sociedade desenvolvida, harmoniosa e de qualidade. Espero ainda lhe ser útil. Mais do que o simples resgate de nosso patrimônio arquitetônico e histórico, o ineditismo dessas fotos abre possibilidades didáticas de reencontro com nossa memória comunitária, que pode trazer ganhos significativos à educação cultural e dos processos socializadores fundamentais na formação e qualidade de vida da comunidade. O simples achado de uma foto de um equipamento público já desaparecido e que teve um papel central no desenvolvimento de nossa cidade e no cotidiano de nossas raízes familiares, quando trabalhado dentro de um contexto de ativismo cultural e didático, reveste-se na atualidade de grande importância para a constituição das nossas subjetividades e construção da memória coletiva. Falar em memória coletiva é falar de identidade social, afinal somos seres históricos. É o acumulo de referências de outras épocas que formam a estrutura da sociedade em que estamos inseridos. E é na consistência e riqueza das estruturas sociais que repousam os elementos subjetivos e concretos de imunidade do corpo social aos muitos problemas que afligem o mundo contemporâneo. Tais como, dissolução das famílias, drogas, violência, doenças e transtornos mentais diversos, etc. Nos últimos tempos, com o avanço tecnológico, a crise de paradigmas das ciências, o encurtamento das distâncias entre os países e culturas, temos buscado cada vez mais referências que nos ajudem a reconstruir o caminho que nos trouxe até aqui. Na atualidade tudo muda o tempo todo. O que é hoje amanhã não é mais. É desse processo de consciência da transitoriedade da sociedade que tomamos consciência da nossa efemeridade enquanto sujeitos históricos e então adquirimos a noção de continuidade e perpetuação. É daí que provém a necessidade da preservação do patrimônio histórico e cultural e de políticas que contemplem essa necessidade”.
Caicó/RN, 14 de setembro de 2015.

Jonas Araújo Medeiros, sociólogo.
 
  
Jonas Medeiros na Caatinga

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