Eduardo Cunha com seus amigos Alves no RN – todos na fotos são investigados, Eduardo Cunha e Henrique Alves estão presos
O ministro Humberto Martins, vice-presidente do STJ (Superior
Tribunal de Justiça), no exercício da Presidência, negou na noite desta
sexta-feira (26) pedido de habeas corpus da defesa do ex-deputado
Eduardo Cunha (PMDB) para que ação penal instaurada contra ele fosse
suspensa.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados foi denunciado pelos crimes
de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa e está
preso preventivamente desde outubro de 2016 por decisão do juiz Sergio
Moro. Ele está atualmente detido no Complexo Médico Penal, localizado em
Pinhais (PR).
Em seu pedido, a defesa de Cunha alegou que o TRF-1 (Tribunal
Regional Federal da 1ª Região) indeferiu 48 pedidos de diligências
formulados por ela, encaminhando o processo para a fase de alegações
finais –decisão que, na opinião dos advogados, teria violado o dever
jurídico de motivação das decisões judiciais, por não ter analisado
“qualquer dos requerimentos, parecendo […] um recorta/cola padrão que se
presta a qualquer requerimento de tão evasiva e sem fundamentos que é”.
Segundo os advogados, foram requeridas as oitivas “de várias pessoas,
cuja necessidade surgiu ao longo dos depoimentos prestados”, além de
“quebras de sigilos bancário e fiscal de algumas pessoas, especialmente
delatores” e a perícia grafotécnica em documentos supostamente assinados
por Cunha, que foram apresentados no processo pela defesa de Lúcio
Funaro, apontado como o operador financeiro de esquemas de corrupção do
PMDB na Câmara.
O ministro Martins, no entanto, afirmou não ver nenhuma ilegalidade e
destacou que o juízo de primeiro grau classificou como desnecessárias
as diligências, já que a própria defesa poderia providenciar a
apresentação dos documentos requeridos –sem haver, portanto, a
necessidade de intervenção judicial.
Martins destacou, ainda, que o TRF-1 não realizou o julgamento de
mérito da questão, o que será feito pela 6ª Turma do Tribunal, sob a
relatoria do ministro Rogerio Schietti Cruz.
Fonte : BLOG DO PRIMO
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