segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Maioria no país segue contrária à ampliação do porte de armas legal

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A maioria dos brasileiros segue contrária à ampliação do porte de armas legal. Segundo recente pesquisa Datafolha, 56% dos entrevistados se disseram contrários ao porte legal estendido a todos os cidadãos.
O índice se manteve estável em relação à ultima pesquisa, após apresentar queda nos últimos anos. Em 2013, 68% se diziam contrários à medida, percentual que recuou para 62% um ano depois e chegou a 55% no meio do ano passado.

Entre os moradores das capitais está os maior percentual de apoio à proibição do porte de armas (62%) –índice que se repete nas cidades com mais de 500 mil habitantes.

Entre homens e mulheres, elas são mais refratárias ao porte de armas (65%). Entre as diferentes regiões do país, o Norte tem o maior percentual de contrários à medida (59%). O Datafolha entrevistou 2.765 brasileiros em 192 municípios nos dias 29 e 30 de novembro passado, e a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O porte de armas no país foi amplamente discutido em 2005, quando foi realizado referendo sobre a proibição da venda de armas e munições. Apesar do “não” ter sido maioria entre os votos – 64% -, a compra de armas continua ilegal no país, salvo raras exceções. A consulta alterou o artigo 35 do Estatuto do Desarmamento, que proibia a comercialização dos artefatos.

Sancionado em 2003, o Estatuto do Desarmamento, criado para controlar o uso de armas no país, é constantemente alvo de críticas por não ter contribuído para a redução da criminalidade. Especialistas em segurança pública, porém, dizem o contrário –contribuiu, sim.

Mais recentemente, grupos ideológicos à direita, como o MBL (Movimento Brasil Livre), passaram a exigir a revogação do estatuto, entre outras reivindicações, durante protestos.

Entre os projetos de lei mais recentes que avançaram no Congresso neste sentido, está o que autoriza moradores de áreas rurais a usar armas de fogo. Em novembro do ano passado, o texto avançou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e seguiu para apreciação da Câmara.

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