Fonte : Blog do Robson Pires
A água da Transposição do Rio São Francisco entrará no Rio Grande do
Norte pela perenização do Rio Piranhas-Açu, sem data específica para
ocorrer. No estado da Paraíba, as obras relativas à Transposição estão
quase concluídas. A previsão inicial era a de que a população do estado
potiguar fosse atendida a partir de duas entradas das águas transpostas.
Uma seria a partir do Reservatório Eng. Ávidos, em Cajazeiras (PB),
ocorrerá a perenização natural do Rio Piranhas-Açu, com represamento nas
Barragens de Oiticica, ainda em construção, e na Barragem Armando
Ribeiro Gonçalves, com capacidade para armazenar 2,4 bilhões de metros
cúbicos de água. Outra seria a partir do Ramal do Apodi, cuja construção
não tem data de início. As águas da Transposição seriam acumuladas nas
barragens de Santa Cruz do Apodi e Pau dos Ferros, que deverão abastecer
44 municípios potiguares.
O Ramal do Apodi, conforme detalhado pelo Ministério da Integração
Nacional, prevê a construção de canais, túneis, aquedutos e barragens. A
Semarh, porém, sugeriu que o Ministério da Integração Nacional
substitua o canal por uma adutora, para diminuir o custo e o tempo da
obra, além de proporcionar melhor controle da água que é conduzida,
evitando roubos e perdas excessivas com a evaporação.
Não houve resposta
ao pleito e a informação mais atual é de que os ramais não serão mais
construídos no RN.
Iniciadas em 2005, as obras de Transposição do Rio São Francisco
estão orçadas em R$ 8,2 bilhões, conforme levantamento do Ministério da
Integração Nacional (MIN) publicado em 2015. Um projeto para integrar a
transposição às demais bacias hidrográficas naturais e superficiais que
abastecem a população potiguar está em fase de formatação pela Semarh. O
projeto prevê um canal com 245 km de extensão, ligando o município de
Açu, no Oeste, a Maxaranguape, no litoral. Estimado em R$ 2,5 bilhões, o
projeto precisará de quatro anos para ser concluído. Os projetos
executivos deverão consumir R$ 25 milhões. A concepção do projeto de
integração das bacias potiguares foi apresentado ao MI, em Brasília, mas
nenhuma resposta foi dada até o momento.
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