Foto : Da esquerda para a direita: Giovane
Macário, José Lopes Tavares, Cristiano Ferraz, Richard Torres Pereira,
Sálvio Siqueira, Maria Oliveira, Sargento Romilson e Vaneildo Bispo.
78 Anos Depois do Ataque da Polícia Contra o Esconderijo dos Cangaceiros de Lampião na Grota do Angico, Um Grupo de Pesquisadores Nordestinos Pernoitam no Local Buscando Compreender o que Aconteceu. E Lá se Depararam com um Sério Ato de Vandalismo!
Autor – Rostand Medeiros
Para muitos o chefe cangaceiro Lampião
foi pego de surpresa, com a guarda baixa e pagou com a vida. Para outros
essa surpresa existiu porque ele e demais membros do bando foram
envenenados.
Já logo após as mortes em Angico
começaram a surgir uma série de conjecturas, dúvidas e debates sobre
como se desenrolaram os acontecimentos relativos àquele combate, as
razões das mortes dos cangaceiros e muitas outras questões.
Para ter uma ideia, apresento-lhes uma das muitas narrativas existentes na Internet sobre o fim de Lampião.
“No dia 27 de julho de 1938, o bando
acampou na fazenda Angicos, situada no sertão de Sergipe, esconderijo
tido por Lampião como o de maior segurança. Era noite, chovia muito e
todos dormiam em suas barracas. A volante chegou tão de mansinho que nem
os cães pressentiram. Por volta das 5:15 do dia 28 de julho, os
cangaceiros levantaram para rezar o oficio e se preparavam para tomar
café; quando um cangaceiro deu o alarme, já era tarde demais.
Não se sabe ao certo quem os traiu.
Entretanto, naquele lugar mais seguro, o bando foi pego totalmente
desprevenido. Quando os policiais do Tenente João Bezerra e do Sargento
Aniceto Rodrigues da Silva abriram fogo com metralhadoras portáteis, os
cangaceiros não puderam empreender qualquer tentativa viável de defesa.
O ataque durou uns vinte minutos e
poucos conseguiram escapar ao cerco e à morte. Dos trinta e quatro
cangaceiros presentes, onze morreram ali mesmo. Lampião foi um dos
primeiros a morrer.
Logo em seguida, Maria Bonita foi gravemente ferida.
Alguns cangaceiros, transtornados pela morte inesperada do seu líder,
conseguiram escapar. Bastante eufóricos com a vitória, os policiais
apreenderam os bens e mutilaram os mortos. Apreenderam todo o dinheiro, o
ouro e as jóias.
A força volante, de maneira bastante
desumana para os dias de hoje, mas seguindo o costume da época, decepou
a cabeça de Lampião. Maria Bonita ainda estava viva, apesar de bastante
ferida, quando foi degolada. O mesmo ocorreu com Quinta-Feira,
Mergulhão (os dois também tiveram suas cabeças arrancadas em vida), Luis
Pedro, Elétrico, Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete (2) e Macela. Um dos
policiais, demonstrando ódio a Lampião, desfere um golpe de coronha de
fuzil na sua cabeça, deformando-a; este detalhe contribuiu para difundir
a lenda de que Lampião não havia sido morto, e escapara da emboscada,
tal foi a modificação causada na fisionomia do cangaceiro.”
1938 – Um dia após o combate na Grota do Angico, policiais e curiosos contemplam o cadáver decapitado de Maria Bonita.
Uma Ideia Muito Interessante
Atualmente, como em muitas áreas de
pesquisa, as pessoas que se debruçam sobre o tema do Cangaço se dividem
em dois grupos majoritários – Os que pesquisam basicamente em
documentos, livros, jornais, bibliotecas e outros locais que lhes tragam
informações e pouco vão a campo. Além destes temos os que buscam seguir
com maior ênfase “comendo poeira” nas estradas do sertão em busca da
tradição oral e dos registros existentes nas memórias coletivas das
comunidades distantes do Nordeste e utilizando em menor proporção
material documental.
Foto: Rostand Medeiros Diretor da SEPARN
Duas das cruzes, uma ao lado da outra, são
dedicadas aos cangaceiros e uma outra, menor e localizada mais à
esquerda destas duas, era dedicada ao soldado Adrião Pedro de Souza, o
único policial morto no combate. Junto desta cruz havia uma placa
chantada pelos membros de grupos ligados a pesquisa do Cangaço no
Nordeste e que, infelizmente, também havia desaparecido. Tanto a cruz
quanto a placa haviam sido colocadas na área em 2013.
1938 – Morte de Lampião, Maria Bonito e seus companheiros em jornal do Rio de Janeiro.
CONFIRA MATÉRIA COMPLETA NO SITE TOK DE HISTÓRIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário