Um asteroide passou raspando pela Terra
sem que fosse percebido até a última hora, em mais uma prova de que se
um dia realmente um corpo celeste ameaçar a vida no planeta não há
garantias de que possamos reagir a tempo. O asteroide tinha o tamanho de
até 110 metros de diâmetro, o que, para referência, é um pouco maior do
que um campo de futebol no padrão oficial estabelecido pela CBF em 2016
(105 metros).
O asteroide foi batizado de 2018 GE3, e foi descoberto apenas no
último sábado, 14, por astrônomos do Catalina Sky Survey e do Steward
Observatory, no Arizona; menos de 24 horas depois ele estava passando
perto da Terra a uma distância de apenas 192 mil quilômetros, o que não é
nada em uma escala astronômica e representa cerca de metade da
distância entre a Terra e a Lua, se deslocando a uma velocidade de 29,8
quilômetros por segundo, ou 107 mil km/h.
Não é exatamente incomum que asteroides passem raspando pela Terra
como fez o 2018 GE3, com distâncias inferiores à do nosso planeta até a
Lua. No entanto, o que chama a atenção é o tamanho do corpo celeste que
passou por nós despercebido até a última hora, e que poderia ter causado
um estrago enorme se sua trajetória fosse um pouco diferente.
Você talvez se lembre de um asteroide que se chocou com a atmosfera
sobre a Rússia em 2013. O bólido acabou explodindo sobre a cidade de
Chelyabinsk e criou uma onda de choque que feriu centenas de pessoas,
embora nenhum dos danos tenha sido realmente sério. Milhares de janelas
se quebraram no processo. O 2018 GE3 é até cinco vezes maior do que o
asteroide russo, o que dá uma dimensão dos prejuízos que ele poderia
causar.
O site CNET também nota que fazia tempo que um asteroide desse
tamanho passava tão perto pela Terra. O banco de dados da NASA que
cataloga objetos que passam perto do nosso planeta mostra que os últimos
casos de asteroides maiores que o 2018 GE3 passaram por aqui a uma
distância inferior à metade da que separa a Lua do nosso planeta
ocorreram em 2001 e em 2002.
Fonte : Blog do Xerife
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