Castelo Zé dos Montes
De repente, você avista um castelo erguido no alto da serra, ao lado de
uma estrada que corta as terras do município de Sítio Novo, numa região pobre,
nos limites do agreste e do sertão do Rio Grande do Norte.
Diante da surpresa, você teima em olhar de novo, para se certificar de
que não está sonhando. E lá está ele, no alto da Serra da Tapuia, quase 400
metros acima do nível do mar, lembrando, de longe, os velhos castelos das
montanhas da Europa
.
Contrastando com a simplicidade das casas da cidade de Sítio Novo, pode
até se pensar que ele é fruto de um ato de megalomania e excentricidade de
algum fazendeiro da região, para demonstrar o seu poder. Ou quem sabe, até
mesmo de um nobre europeu que resolveu vir morar no sertão potiguar e, para
matar as saudades de sua terra, resolveu construir um castelo como havia em sua
pátria.
Mas nada disso acontece. O castelo é um sonho, um maravilhoso sonho que
vem sendo sonhado por um homem simples, de hábitos quase espartanos, chamado
José Antônio Barreto, ou Zé do Monte.
Na década de 60 passou a pregar no interior do Nordeste o poder
das rochas e ganhou o apelido de Zé dos Montes.
Prefere ser chamado pelo apelido. Para perpetuar a sua missão
tornou famosos treze pontos na região, onde, ou fez castelos ou encontrou belas
formações rochosas onde juntava romeiros interessados em suas histórias.
O homem franzino, de 53 quilos, tem poder de persuasão no discurso
de pregação. Visionário, profeta, marqueteiro. É difícil adjetivar quando
trata-se de uma figura controversa como Zé dos Montes. Sua história de realismo
fantástico concretizou-se através de lugares que são boa opção para visitas.
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