quarta-feira, 14 de outubro de 2015

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HISTÓRIA DE CRIAÇÃO DA CIDADE DE MONTANHAS (RN)

No início as dificuldades para colonizar o Brasil eram enormes e mesmo no século XVIII elas se faziam presentes, principalmente, quando se tratava de exploração do interior do território. Essas dificuldades contribuíram para que Montanhas (RN) desenvolvesse sua economia baseada na prática das atividades agrícolas, daí dizer que o seu mais antigo topônimo, Lagoa das Queimadas, é uma referência ao preparo da terra, sobretudo, com o desenvolvimento das coivaras nas proximidades das lagoas existentes no local. Lagoa das Queimadas é uma toponímia que demonstrou bastante criatividade dos seus primeiros habitantes.
O Padre José Vieira Afonso como sesmeiro direto tinha que imediatamente distribuir lote de terra numa tentativa de fazer a sesmaria produzir, ao contrário, ela seria devolvida ao governo. Nesse período D. José I, rei de Portugal, havia determinado que o Rio Grande (do Norte) tornara a ser sub-capitania pertencente juridicamente a Paraíba e em termo administrativo a capitania de Pernambuco. Evidentemente que Pernambuco tinha todo interesse que a então sub-capitania voltasse a produzir como antes da Invasão Holandesa, podendo dessa forma ter lucro, principalmente, com os impostos cobrados.
Ser sesmeiro não era tarefa fácil, no Rio Grande (do Norte), então, era pior, havia incontáveis problemas que atrapalharam a colonização dessa capitania. No século XVI, os donatários não puderam colonizar razões a exemplos da resistência dos nativos em aceitar a presença dos colonizadores em seu território, e depois devido a necessidade de mão-de-obra que para tê-la era preciso subjugar os índios, a falta de capital para investir nas atividades que pudessem dá lucros, a distância em que se encontrava a colônia em relação à metrópole. As sesmarias nem sempre foram exploradas pela ação do sesmeiro, o que era necessário a todo custo fazer doações de lotes a outras pessoas, o que as tornariam sesmeiros indiretos.
A presença da família Pinheiro em Montanhas (RN) é de um tempo em que se acredita ter sido Miguel Pinheiro o primeiro morador dessa cidade, ressalvando aí a presença do homem primitivo na localidade do Riachão dos Clementinos e dos Paiaguás no Distrito do Capim Grosso. Nesse sentido, fica em evidência que o Padre José Vieira Afonso como sesmeiro doou parte de suas terras, a Sesmaria da Lagoa das Queimadas, para o primeiro morador da cidade uma vez que terra era o que ele mais possuía a contar da sesmaria que recebeu em Serra Caiada. Essa sequência demonstra que o Padre José Vieira Afonso, assim como o próprio João de Barros donatário da capitania do Rio Grande (do Norte), também não tomou de fato posse do seu lote de terra, a Lagoa das Queimadas.
As primeiras atividades econômicas em Montanhas (RN) se desenvolveram a partir do momento que Miguel Pinheiro propagou as ideias do Capitão-mor Antônio Vaz Condiz oriundas do ano de 1654.

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