A Frente Parlamentar de Defesa da Criança e do Adolescente da Câmara
Municipal de Natal realizou mais uma edição da Escola na Frente na última
quinta-feira (6). Dessa vez o projeto levou uma palestra de combate ao
bullying para estudantes do 6º ao 9º ano da Escola Celestino Pimentel,
em Cidade da Esperança.
Um dos grandes problemas das escolas é o bullying praticado entre os
próprios alunos seja no ambiente escolar, em casa ou com os amigos. Na
Celestino Pimentel, inclusive, vítimas desse tipo de violência se viram
obrigados a trocar de local de ensino como forma de fugir dos
agressores. A diretora Marta Martins parabenizou a Câmara pela
iniciativa e acredita que o projeto Escola na Frente trará resultados
positivos.
“Esse assunto tem uma importância muito grande. Tivemos alunos que
saíram da escola por sofrer bullying. É uma temática atual que precisa
ser discutida em casa, na escola e no seu bairro. Precisa discutida,
principalmente, entre os adolescentes. A Câmara a gente ainda vê
distante. E, de repente, vir para a escola mostra que a Câmara quer
dizer: ‘olha, estamos aqui e também queremos ajudar’ e isso é muito
importante”, destacou.
A aluna Osilandia Queiroz, de 15 anos, disse que vê diariamente cenas
de bullying sendo praticadas na escola ou no bairro onde mora. Ela
acredita que a iniciativa da Câmara deva ajudar a combater a prática
entre os demais colegas de escola.
“É importante estarmos discutindo o bullying, porque a gente fica
mais por dentro do assunto e conhece mais o que é bullying. Acontece
muito aqui. Não só na escola, mas em qualquer lugar. Seja porque é alta
ou baixa, magra ou gorda, não importa. Sempre acontece. Bullying é algo
que machuca muito. Essa discussão ajuda a evitar a acontecer isso”,
disse.
A vereadora Júlia Arruda (PDT), coordenadora da Parlamentar de Defesa
da Criança e do Adolescente, destacou a importância do tema trazido
exatamente para uma escola que em que a prática violenta já foi motivo
de troca de escola.
“Essa é a segunda edição desse ano e traz para a escola uma discussão
importante que foi proposta pelo próprio corpo pedagógico. Aqui tivemos
casos de alunos que saíram daqui por conta do bullying, porque era
importunados sistematicamente. Essa é uma temática que é vivida no dia a
dia dos alunos. Precisamos lembrar que é preciso respeitar as
diferenças para para viver em democracia e para vivermos bem”,
justificou.
A psicóloga Sâmia Jorge contou que o bullying na escola se
caracteriza por atitudes agressivas e intencionais. Ela explicou que
quem pratica essas violências tem a intenção real de prejudicar o seu
colega ou alguém do seu convívio e que as escolas devem discutir o tema.
“Bullying são violências morais, verbais, patrimoniais sexuais ou
seja de várias formas. Tudo aquilo que incomoda. A escola precisa
oportunizar momentos de diálogos, em que a gente possa conversar
abertamente sem censuras e sem barreiras para que os alunos se sintam a
vontade para se manifestar, tirar suas dúvidas e entender a importância
de combater o bullying. Outra medida é incluir esse tema nas suas
disciplinas”, observou.
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